Minha alma é caipira e meu corpo é do mundo
Performance poética. Classificação etária livre. Duração: 10 minutos | Ano de produção: 2016.
Release
A cena curta intitulada “Minha alma é caipira e meu corpo é do mundo” é a encenação de 4 poemas presentes no zine de poesias homônimo do autor Zé Guilherme. Com direção de Fábio Lucca a encenação e a escolha das poesias primam por uma trajetória do eu-lírico que está em constante busca por alçar voos, pela realização de seus sonhos e desígnios, respeitando as suas origens e se atentando para quando suas tentativas de voos falham. É também uma reflexão sobre o transcendentalismo e as relações entre o corpo mundano e o corpo espiritual. O eu-lírico nasce em terras caipiras, mas sente que seu corpo precisa ganhar o mundo, conquistar conhecimentos; e por isso compartilha suas apreensões e desejos para o mundo através da palavra, no caso desta performance a palavra falada.
As poesias encenadas são: “Prefácio”, “Me esqueci de mim”, “Uivo em outono” e “Minha alma é caipira e meu corpo é do mundo” (que dá o título para a apresentação).
A performance busca valorizar a criação artística com inspiração caipira, para além dos clichês. O artista é por sua natureza um cosmopolita, cidadão do mundo. Neste caso, o ator poeta leva para onde vai sua bagagem regional, com marcas de suas origens e de sua cultura que vai se transformando no contato com as outras pessoas. É poder, através do encontro artístico, compartilhar de suas raízes, e possibilitar mais transformações.
A poesia que dá título a essa performance foi selecionada para integrar a coletânea de poesias brasileiras contemporâneas “Além da Terra, Além do Céu” da editora Chiado, lançada em maio de 2017. E a performance foi apresentada pela primeira vez no Festival Águas de Março, de Franca em março de 2017 e posteriormente, em junho de 2017, na Semana Luís Antônio Martinez Correa, em Araraquara.
Ficha - técnica
Autoria e atuação | Zé Guilherme
Direção e caracterização | Fábio Lucca
Produção | Camaleão Cultural
Realização | Menino Andante
zine de poemas "Minha alma é caipira e meu corpo é do mundo"